terça-feira, 24 de setembro de 2013

SOBRE O PRIMEIRO VERSO DESSE NOSSO NOVO TEMPO

Fiquei azul de ternura. Depois guardei todo aquele carinho recebido no compartimento que carrego do lado esquerdo. O mesmo coração de antes, a mesma felicidade radiante, uma nova estação, mais um motivo para ser feliz.

[06h37min – A janela implora para ser aberta].

A leveza, uma vez misturada à liberdade, produz uma doce sensação de prazer. Um tipo de êxtase totalmente desconhecido tomou conta de mim e me tirou do chão. Meu corpo se sacudiu compulsivamente no ar, limpando a poeira que os dias anteriores acumularam.

A certeza de pertencer a alguém criou o primeiro verso da nova estação. Pura poesia se debatendo no meu estômago.  Até o fim desse tempo favorável, só importa o cantar das flores desabrochadas, dos ventos amenos e dos amores bem sucedidos.

Vou te contar: Essa primavera que hoje começa nos teus braços tem cheiro de maracujá e sabor de sorriso aberto. Nesse nosso novo tempo – ainda que de longe – a tua presença é o meu alimento. [Pausa para contemplar as cores de Renoir, os traços de Monet e as notas de Djavan]. A promessa de nós dois nos primeiros raios de sol.

[07h17min – A janela é aberta. A nova estação invade o quarto].

O passarinho azul chegou e me contou do preenchimento dos vazios agudos, da suavidade dos próximos dias, da alegria dançando nos olhares e então você aconteceu em mim. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário