terça-feira, 25 de junho de 2013

SOBRE O ENCANTO DA LUA GIGANTE

                                                            
"Nosso amor que eu não esqueço e que teve o seu começo numa festa de São João..."

                                      (Foto: Laysa Gouveia)


O arrepio provocava o infinito nos dois.
No meio daquelas nuvens escuras do céu de Junho, a poesia queria se mostrar, mas do outro lado, o sol ainda se despedia vagarosamente, sem pressa alguma que pudesse tirar-lhe a beleza da partida.

Ali no banco, a distância entre eles era pequena como deveria ser sempre. A sensação do toque no cabelo preludiava o gosto de algum bom sentimento que chegaria em breve para acalmar a rotina daquele trânsito astrológico conturbado – a lua em oposição ao sol no mapa astral dele que o outro dizia conhecer bem. 

Aquela data, aquela noite, aquele gosto de quase sangue na boca depois daquela forte mordida no lábio inferior: Ah!

-Só não me aperta demais, viu? Odeio me sentir dominado – Vaidade no estado mais bruto.

Seria uma boa lembrança dizer mais tarde que tudo começou numa noite de São João, quando a Lua decidiu ser a maior do ano.

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