"Nosso amor que eu não esqueço e que teve o seu começo numa festa de São João..."
(Foto: Laysa Gouveia) |
O
arrepio provocava o infinito nos dois.
No
meio daquelas nuvens escuras do céu de Junho, a poesia queria se mostrar, mas do
outro lado, o sol ainda se despedia vagarosamente, sem pressa alguma que
pudesse tirar-lhe a beleza da partida.
Ali
no banco, a distância entre eles era pequena como deveria ser sempre. A
sensação do toque no cabelo preludiava o gosto de algum bom sentimento que
chegaria em breve para acalmar a rotina daquele trânsito astrológico conturbado
– a lua em oposição ao sol no mapa astral dele que o outro dizia conhecer bem.
Aquela
data, aquela noite, aquele gosto de quase sangue na boca depois daquela forte mordida
no lábio inferior: Ah!
-Só não me aperta demais, viu? Odeio me
sentir dominado – Vaidade no estado mais bruto.
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